
A liderança que tornou o Itaú o maior banco do país.
Roberto Setubal nasceu em 1954, o quarto dos sete filhos de Olavo e Tide Setubal. Cresceu no bairro de Higienópolis, em São Paulo, e estudou no Colégio Santa Cruz. Aos 15 anos, fez intercâmbio nos Estados Unidos, quando comprou seus primeiros discos de rock, uma paixão que permaneceu. Foi aprovado em Administração na Fundação Getulio Vargas, mas optou pela Engenharia de Produção na Escola Politécnica da USP, seguindo os passos do pai. Chegou a estagiar na Metal Leve e fez pós-graduação na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, pensando em fazer carreira na área industrial. Ao voltar ao Brasil, foi convidado por Jairo Cupertino para trabalhar na Itauplan nas áreas de planejamento e engenharia. Seu pai, Olavo Setubal, se surpreendeu com o convite, que foi aceito por Roberto. Mais tarde, pediu e foi transferido para a área de Finanças, sob o comando de Henri Penchas. Em 1982, quando tinha 28 anos, durante um almoço em família, Olavo perguntou se ele gostaria de fazer um estágio no Citibank, o maior banco de varejo dos Estados Unidos. Roberto passou, então, dois anos, de 1983 a 1984, trabalhando diretamente com John Reed, um dos principais executivos do mercado financeiro americano. Novamente de volta ao Brasil, foi Carlos da Câmara Pestana que insistiu para que Roberto atuasse na área comercial, ainda um ponto fraco do banco, na opinião do executivo. Ali, afirma Roberto, aprendeu a entender de fato o negócio bancário. Roberto assumiu a diretoria-geral do Itaú em 1991, tendo Câmara Pestana como presidente. Em 1994, com a saída de Câmara, acumulou também a presidência. Sob sua liderança, o banco iniciou uma nova fase de crescimento com aquisições: primeiro o Banco Francês e Brasileiro, em 1995, e depois os bancos estaduais Banerj, Bemge e Banestado. Em 2002, organizou a fusão com o BBA, criando o Itaú BBA, e em 2006, adquiriu as operações do BankBoston na América Latina. Em 2007, começou a conversar com Pedro Moreira Salles sobre a possibilidade de fusão com o Unibanco, negócio que mudou a cena do mercado financeiro no ano seguinte. No comando da nova instituição, Roberto organizou a parceria com a Porto Seguro, em 2009. Em 2012, reestruturou o negócio de cartões do banco com o fechamento de capital da Redecard e, em 2013, comprou a Credicard. Em 2014, deu um importante passo na internacionalização do banco ao fundir o Itaú Chile com o CorpBanca, maior banco chileno e com forte atuação na Colômbia. Em 2016, fechou a compra das operações de varejo do Citibank no Brasil. Roberto deixou a presidência do Itaú Unibanco em novembro de 2016 e passou a ser copresidente do Conselho de Administração, ao lado de Pedro Moreira Salles. Em 2017, ganhou pela 11a. vez o prêmio Executivo de Valor pelo jornal Valor Econômico, um feito único na história da premiação. É vice-presidente do Conselho de Administração da Itaúsa.