Ricardo Villela Marino nasceu na cidade de São Paulo, em 1974, filho mais velho de Milú Villela e Raul Marino Junior, e bisneto de Alfredo Egydio de Souza Aranha, fundador do Grupo Itaúsa. Ricardo cresceu ouvindo nas férias as histórias que o avô, Eudoro Villela, contava na Fazenda Paraíso e as lições sobre a importância de tratar bem o próximo e sobre como a ética é inegociável. Ricardo fez engenharia mecânica na Escola Politécnica da USP. Depois, fez mestrado em Administração de empresas pelo MIT Sloan School of Management em Cambridge, Massachusetts, com uma tese sobre administração de empresas familiares. Porém, optou por iniciar a carreira fora do Itaú, na filial brasileira do Crédit Commercial de France (CCF). Depois, foi para o Banco Garantia, quando surgiu a oportunidade de trabalhar em um dos maiores bancos de investimentos do mundo, a Goldman Sachs. Ricardo trabalhou em Nova York e depois em Londres, como gerente de portfólio para Mercados Emergentes. Crítico da política de carreira fechada dos bancos brasileiros da época, fez uma aposta com um amigo e, em 2001, enviou ao site de recrutamento do Itaú um currículo em inglês, achando que nem sequer seria notado. Para sua surpresa, conta ele, 15 dias depois, recebeu uma ligação do vice-presidente do banco, Sergio de Freitas, para conversar. Ricardo continuou na Goldman até 2002, quando Roberto Setubal, então presidente do Itaú, o convidou para começar uma empresa de cartões, a Itaucard. Ricardo aceitou a proposta e, de volta ao Brasil, criou uma área de Business Intelligence que se tornaria depois a Superintendência da Área de Cartões. Trabalhou ainda na Tesouraria do Itaú e coordenou a área de crédito imobiliário. Com a compra do BankBoston e suas subsidiárias no Chile e no Uruguai em 2007, Ricardo ficou responsável por desenvolver o banco na América Latina. Porém, ainda em 2007, um pouco antes da fusão Itaú Unibanco, Roberto o chamou para reformular a área de Recursos Humanos do banco. Quatro meses depois, veio a fusão com o Unibanco e Ricardo coordenou todo o processo de união das equipes e a criação do Planejamento Estratégico de Pessoas. Missão cumprida, em 2010, Ricardo voltou a cuidar da América Latina como vice-presidente responsável pelo Itaú Latam, coordenando a compra do CorpBanca no Chile em 2014. Em 2018, tornou-se presidente do Conselho Estratégico para a América Latina. É vice-presidente não executivo do Conselho de Administração do banco desde 2020. É membro suplente do Conselho de Administração da Itaúsa desde 2011 e do Conselho da Dexco desde 2009. Integra também o Conselho Consultivo do Visa América Latina e o Conselho do MIT Sloan School of Management.