
Vocação para a Governança.
Ricardo Egydio Setubal nasceu em 1962, em São Paulo, último dos sete filhos de Olavo Egydio Setubal e Tide Setubal. Formou-se em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas em 1984, em Direito pela Universidade de São Paulo em 1988 e em Desenvolvimento de Programas de Gestão pela Universidade de Harvard. Começou a trabalhar no Banco Itaú com Henri Penchas e, depois, exerceu várias funções na área industrial do Grupo Itaú. Teve também papel importante no investimento do grupo na área de eletrônicos, assumindo o comando da Philco após sua compra pelo Grupo em 1988. Na Itautec, foi diretor financeiro por quatro anos, trabalhando diretamente com Jairo Cupertino, e vice-presidente executivo de 1999 até 2010, quando assumiu a presidência do Conselho de Administração da companhia. Ficou no cargo até agosto de 2019. Em 2009, quando seu irmão, Paulo, por problemas de saúde, se afastou do comando das empresas industriais, participou do Comitê criado com outros herdeiros para reestruturar a holding. Foi também vice-presidente do Conselho de Administração da Duratex, hoje Dexco, de abril de 2009 a abril de 2017 e é membro do Conselho de Administração da companhia desde abril de 2008. É diretor vice-presidente executivo da Itaúsa desde maio de 2022 e membro suplente do Conselho de Administração desde 2009. Ricardo sempre se envolveu com temas ligados à governança corporativa, dentro e fora do Grupo Itaúsa. Integra as Comissões de Mercados de Capitais da holding desde maio de 2009 e foi membro do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, o IBGC, de março de 2014 a março de 2019, vice-presidente de março de 2016 a março de 2018 e presidente da entidade de abril de 2018 a março de 2019. Ricardo conta que conheceu o IBGC quando assumiu a presidência do Conselho da Itautec e sugeriram que ele fizesse um curso de governança corporativa. No curso, foi chamado a dar um depoimento sobre governança familiar, formação das novas gerações em empresas familiares. “Eu contei tudo o que fazíamos e, logo, me convidaram para montar um grupo de governança familiar no IBGC e escrever um livro”. Hoje, o IBGC tem uma série de cadernos publicados durante a gestão de Ricardo Setubal sobre o tema. “Em empresas de controle familiar, há questões que ultrapassam a governança corporativa e dizem respeito apenas à família empresária, sua evolução, relações interpessoais, ampliação natural e interação com o negócio”, explica o livro Governança da Família Empresária, de 2016, da série Cadernos de Governança Corporativa do IBGC.