
Contribuição decisiva para a identidade do Itaú Cultural.
O gestor cultural, pesquisador, designer gráfico e artista plástico Ricardo Ribenboim nasceu na cidade de São Paulo em 1953. Em 1969, aos 17 anos, ainda estudante do Ginásio Vocacional Oswaldo Aranha, fundou a Escola de Artes da Hebraica, depois renomeada Ateliê Hebraica, para incentivar a atividade artística entre as crianças. Após três anos, deixou o projeto e ingressou na Faculdade de Arquitetura de Santos, em São Paulo, tendo como professores Yutaka Toyota, Evandro Carlos Jardim, Babinski, Luiz Paulo Baravelli e Carlos Fajardo. Nesse período, iniciou a produção de projetos gráficos, editoriais e de identidade visual. Em 1986, RIbenboim fundou com George Ribeiro Neto o Escritório Gema Design, do qual foi diretor até 1995. Um ano depois, tornou-se diretor técnico do Paço das Artes, em São Paulo e, ao lado da curadora Daniela Bousso, criou a Temporada de Projetos, programa voltado à produção, fomento e difusão da prática artística entre jovens. Em 1996, participou do processo de seleção para o então Instituto Cultural Itaú, o ICI. Entrevistado por Olavo Setubal, assumiu em 1997 a presidência do ICI, sucedendo o pintor, arquiteto e urbanista Ernest Robert de Carvalho Mange, primeiro diretor-superintendente da instituição. Ribenboim promoveu um movimento de atualização da missão institucional do ICI, orientado pelo tripé formação, fomento e difusão, e de adequação ao novo contexto histórico em meio à popularização da internet. A modernização foi acompanhada pela mudança do nome do ICI para Itaú Cultural e de seu logotipo, em 1998. Em sua gestão, foi criado, em 1997, o programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais, cuja função é valorizar a diversidade da arte brasileira com premiação para as categorias de criação, difusão e pesquisa. Em 2001, ampliou a informatização do banco de dados do Itaú Cultural disponibilizando a Enciclopédia Itaú Cultural gratuitamente na internet. Criou eixos curatoriais e linhas temáticas para orientar a atuação do Instituto. Em 2000, criou o eixo “Investigações”, dedicado à realização de palestras, mostras de filmes, espetáculos cênicos e musicais e exposições. Criou ainda as “enciclopédias” de artes visuais, de música, cinema, teatro, e outras áreas de expressão, que se tornaram referência para todas as pessoas que pesquisam sobre essas áreas no país e no exterior. Ribenboim deixou o Itaú Cultural em 2002 e fundou a Base 7 Projetos Culturais, empresa voltada ao planejamento e coordenação de atividades culturais. Paralelamente, desenvolve pesquisa artística a partir de diversidade de materiais em suportes físicos e eletrônicos por meio dos quais reflete sobre o espaço de interseção entre artes visuais e design gráfico.