José Carlos Moraes Abreu nasceu em Bebedouro, São Paulo, em 1922 e teve papel fundamental na criação e no crescimento do Banco Itaú e da Itaúsa, dedicando-se ao grupo por mais de 50 anos. Formou-se pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1944 e, em 1946, redigiu o primeiro contrato social da Deca, criada por Olavo Setubal e o colega Renato Refinetti, dando início a uma parceria de décadas. Moraes Abreu ingressou no então Banco Federal de Crédito em 1961, como diretor jurídico, e teve papel fundamental nas estruturas legais das diversas operações de fusões e aquisições que propiciaram a consolidação do Banco Itaú, ao lado de Olavo Setubal e Eudoro Villela. Já em 1966, tornou-se vice-presidente executivo e braço direito de Olavo Setubal, chegando a substituí-lo como diretor-geral do Itaú no período em que ele assumiu a Prefeitura de São Paulo, de 1975 a 1979. Em 1985, novamente com a saída de Olavo Setubal, desta vez para assumir o Ministério das Relações Exteriores no governo José Sarney, Moraes Abreu passou a ocupar os cargos de diretor-presidente e diretor-geral do Banco Itaú. Ele continuou no comando do banco mesmo após a volta de Olavo, em 1986, que ocupou a presidência do Conselho de Administração. Foi também membro do Conselho Monetário Nacional de 1975 a 2011. Moraes Abreu deixou o comando do banco apenas em 1990, substituído por Carlos da Câmara Pestana na presidência e por Roberto Setubal na diretoria-geral. Na ocasião, tornou-se membro do Conselho de Administração do banco e, mesmo fora da diretoria, teve papel importante na preparação de Roberto para assumir o comando do Itaú anos depois. Com a morte de Olavo Setubal em 2008, Moraes Abreu assumiu a presidência do Conselho de Administração do banco, cargo que exerceu até abril de 2011. Foi presidente executivo da Itaúsa de 1975 a 1979 e de 2008 a 2011, passando a Presidente de Honra em maio deste mesmo ano. Faleceu em março de 2012.