
O braço direito do engenheiro.
O mineiro de Uberlândia Jairo Cupertino nasceu em 1925, em uma família de oito irmãos. Fez o colegial em escola pública e veio para São Paulo estudar na Escola Politécnica, estimulado pelo cunhado, Roberto Pereira de Castro, que trabalhava no Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Poli. Depois de formado, entrou na Light, trabalhando entre Taubaté e Cruzeiro, onde conheceu e casou-se com Dona Neusa. Em 1952, foi convidado a trabalhar na Cemig, onde ficou por três anos e fez cursos sobre equipamentos nos Estados Unidos, na Tennessee Valley Authority. Por intermédio do cunhado, foi apresentado a Oswaldo Castro Santos, então superintendente da Duratex, que o contratou em outubro de 1956. Em 1957, passou a trabalhar com Olavo Setubal, dando início a uma parceria de mais de 50 anos. Cupertino participou da reestruturação e da ampliação da Duratex, assumindo a presidência da empresa em 1959 com a saída de Olavo para o Banco Federal de Crédito. Participou do planejamento e construção da segunda fábrica da Duratex, em Botucatu, inaugurada em 1974. No mesmo ano, Olavo o chamou para o Itaú para cuidar da incorporação do Banco União Comercial, o BUC. Cupertino ingressou no banco e, depois, como diretor-gerente, assumiu a área de infraestrutura, e cuidou do processo de integração das agências e sistemas. Em 1980, participou do grupo formado por Olavo Setubal, José Carlos Moraes Abreu e Carlos da Câmara Pestana que organizou a reestruturação administrativa do banco quando Olavo voltou da Prefeitura de São Paulo. A reestruturação separou a diretoria-executiva do Conselho Administrativo e Cupertino tornou-se vice-presidente executivo do banco, cargo que exerceu até 1990, indo depois para o Conselho, onde ficou até 1995. Nessa reestruturação, foi definido também o foco do banco nas agências, na digitalização dos serviços e criadas as premissas da Cultura da Organização. Cupertino foi também um dos organizadores e depois presidente da Itautec, fabricante de computadores, de 1987 a 1997, e integrante do Conselho de Administração da empresa de 1985 a 2010. Permaneceu também no Conselho da Duratex de 1974 a 2009. Na Itaúsa, exerceu vários cargos, como vice-presidente, diretor-conselheiro e membro do Conselho de Administração, que deixou em 2013 ao atingir a idade-limite.