
Da construção do mercado de capitais para a gestão da holding com um toque de arte.
Sexto filho de Olavo e Tide Setubal, Alfredo Egydio Setubal nasceu em 1958 em São Paulo. Formou-se em Administração de Empresas com pós-graduação pela Fundação Getulio Vargas. Começou no Itaú em 1982, trabalhando por um período nas agências do Nordeste. Desde adolescente seu maior interesse sempre foi o mercado de capitais. Acompanhava o desempenho da bolsa com o pai e chegou a trabalhar em corretoras de valores. Esse interesse levou-o à área de investimentos do Itaú, comandada na época por Olavo Bueno, que foi seu chefe até 1995. Tornou-se diretor-executivo em 1988, assumindo posteriormente o comando da área de investimentos do banco, que se tornaria mais tarde o Itaú BBA. Especializou-se em mercado de capitais e gestão de recursos, exercendo importante papel nessas áreas dentro e fora do banco, integrando o Conselho de diretores do Itaú BBA desde 2003. Criou e desenvolveu a área de gestão de fortunas, ou private banking, do Itaú a partir de 1991. De 1995 a 2003, Alfredo exerceu também a diretoria de Relações com Investidores do Itaú. Em 2015, deixou o banco para ser diretor-presidente da Itaúsa, com a missão de reestruturar a holding e tornar sua gestão mais ativa. Hoje, acumula ainda a diretoria de Relações com Investidores e a posição de membro efetivo do Conselho de Administração da holding. Defensor do princípio da autorregulação dos mercados, Alfredo teve atuação importante na estruturação dos setores de fundos de investimentos, gestão de recursos e mercados de capitais após o fim da hiperinflação, em 1994. Participou também, como dirigente da Associação Brasileira dos Bancos de Investimento, a Anbid, hoje Anbima, da formulação das regulamentações desses segmentos junto à Comissão de Valores Mobiliários e ao Banco Central. Na Anbid, foi vice-presidente de 1993 a 2002 e responsável pela Comissão de Mercado de Capitais, assumindo depois a presidência da entidade, de 2003 a 2008. Foi presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores, o IBRI, de 2000 a 2003, e membro do Conselho da Associação Brasileira das Companhias Abertas, a Abrasca, de 1999 a 2017. Além das funções executivas dentro e fora do banco, Alfredo responde pelo acervo artístico do Itaú, interesse herdado dos pais. Foi responsável pela publicação da Brasiliana, coletânea criada por seu pai, que reúne a história da arte brasileira em diferentes expressões. Desde 2015, preside o Conselho Deliberativo do Museu de Arte de São Paulo. É membro do Conselho da Fundação Bienal de São Paulo desde 2009. Também integra o Conselho de Administração do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM, e do Instituto de Arte Contemporânea, o IAC. É presidente do Conselho Curador da Fundação Itaú, criada em 2019 para ampliar o compromisso do Itaú Unibanco com a educação e cultura, que reúne as três vertentes Itaú Cultural, Itaú Social, Itaú Educação, além de manter o Instituto Todos pela Saúde.