O advogado Alfredo Egydio de Souza Aranha nasceu em 1894, herdeiro de uma tradicional família paulista. Era bisneto da viscondessa de Campinas, Maria Luíza de Souza Aranha, do visconde de Indaiatuba, Joaquim Bonifácio do Amaral, e sobrinho-neto do marquês de Três Rios, Joaquim Egydio de Souza Aranha. Seu pai, Olavo Egydio de Souza Aranha, foi banqueiro, deputado e senador e sua mãe, Vicentina de Souza Queirós dedicava-se a causas sociais. Em homenagem a ela, foi criado o Sanatório Vicentina Aranha, em São José dos Campos, para tratamento da tuberculose. Alfredo Egydio formou-se em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco em 1915 e elegeu-se deputado estadual em 1919, reelegendo-se depois por mais duas legislaturas. Com os recursos do café, iniciou a carreira de empreendedor com a Fiação Tecelagem São Paulo e, em 1935, comprou em parceria com outros empresários a Companhia Ítalo-Brasileira de Seguros Gerais, que se tornou a Companhia Brasileira de Seguros. Em 1944, após vender a Tecelagem São Paulo, Alfredo Egydio fundou o Banco Central de Crédito em sociedade com Aloysio Ramalho Foz. Seguia assim os passos do pai, Olavo, que fundou o Banco de Crédito Hipotecário e Agrícola do Estado de São Paulo, nacionalizado em 1919, e que se tornaria em 1927 o Banco do Estado de São Paulo, o Banespa, e do seu tio-avô, o marquês de Três Rios, que fundou o Banco Comércio e Indústria de São Paulo. O Banco Central de Crédito começaria a operar em 1945 e décadas depois se tornaria o Banco Itaú e, posteriormente, o Banco Itaú Unibanco. Alfredo Egydio casou-se com Umbelina Arruda de Souza Aranha, com quem teve a filha Maria de Lourdes, que se casou com o médico Eudoro Villela. Motivado pelo espírito inovador do genro, investiu na criação da Duratex, fábrica de chapas duras de fibra de madeira. Alfredo Egydio investiu também na Deca, empreendimento de seu sobrinho Olavo Egydio Setubal, filho de sua irmã Francisca com o advogado, poeta e escritor Paulo Setubal. Faleceu em 1961.