Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela nasceu em São Paulo em 1973, segunda filha de Alfredo Egydio Arruda Villela e Maria Sílvia de Mattos Barretto. Com a morte dos pais em 1982 em um acidente aéreo, Ana Lúcia e o irmão Alfredo foram viver com o tio materno Alberto Barretto e, depois, com a tia paterna, Milú Villela. Ana Lúcia formou-se em Pedagogia com habilitação em Administração Escolar e fez mestrado em Psicologia da Educação pela PUC de São Paulo. Incentivada por Olavo Setubal, cursou também Administração de Empresas na Fundação Armando Álvares Penteado e pós-graduação em Administração no Terceiro Setor na Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Ana Lúcia cresceu ouvindo as lições do avô, o empresário e cientista Eudoro Villela, que nas férias na Fazenda Paraíso levava a única neta para passear a cavalo e explicava a importância da preservação das matas, dos rios e da água, e a ensinava a observar a natureza. Ela recorda ainda a preocupação de Eudoro com o desenvolvimento do Brasil, trazendo para cá as novidades da ciência mundial. Ana Lúcia começou cedo a participar do Conselho do banco, aos 21 anos, em 1995. “O que foi mais marcante na experiência de participar nesse conselho foi a amizade entre eles, o respeito, e também perceber que eram todos geniais”, lembra. No mesmo ano, passou a integrar também o Conselho Consultivo do Itaú Cultural. Em 2001, no entanto, Ana Lúcia deixou o Conselho do banco e passou a se dedicar mais a causas sociais. Fundou o Instituto Alana em 2002, do qual ainda é presidente, a Alana Foundation em 2012 e é cofundadora da AlanaLab, que originou a Maria Farinha Filmes, em 2014. Em 2018, tornou-se a primeira representante da América Latina no Conselho de Inovação da XPrize Foundation, organização sem fins lucrativos de estímulo ao desenvolvimento de novas tecnologias. Em 2022, passou a integrar o Conselho Consultivo do Stanford Down Syndrome Research Center, da Universidade da Califórnia. Criou o Alana Down Syndrome Center no MIT. Com sua experiência no Terceiro Setor, Ana Lúcia reforçou no grupo a preocupação com a sustentabilidade. Foi membro do Comitê de Sustentabilidade da Dexco de 2015 a 2018. Em 2017, assumiu a vice-presidência não executiva do Conselho de Administração da Itaúsa, participando também das comissões de Sustentabilidade, de 2019 a 2023. Integra o Conselho de Administração do Instituto Itaúsa e do Itaú Unibanco e os comitês de Pessoas e de Nomeação e Governança Corporativa do banco desde 2018. Em 2019 passou a integrar o Comitê de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática. É vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Itaú desde 2020. Ana Lúcia liderou o processo que levou ao último acordo de acionistas do Grupo, consolidado em 2009.