Alfredo Egydio Arruda Villela Filho nasceu em 1969, primeiro filho de Alfredo Egydio Arruda Villela e Maria Silvia de Mattos Barretto. Neto de Eudoro Villela e bisneto de Alfredo Egydio de Souza Aranha, Alfredo perdeu os pais quando tinha 12 anos em um acidente aéreo. Ele e a irmã mais nova, Ana Lúcia, então com oito anos, ficaram sob os cuidados do tio materno, Alberto Barretto, advogado e executivo do Banco Itaú. Alguns anos depois, Alfredo foi morar com a tia paterna, Milú Villela. Não chegou a conhecer o bisavô, que morreu em 1961, mas lembra da avó, Maria de Lourdes, contando muitas histórias sobre o pai, por quem tinha grande admiração. “Ele era um empreendedor, um visionário”, conta. Lembra com carinho também do avô Eudoro e de Olavo Setubal. Alfredo formou-se em Engenharia Mecânica pela Escola de Engenharia Mauá em 1992 e fez pós-graduação em Administração pela Fundação Getulio Vargas. Logo cedo, já nos anos 1980, passou a acompanhar os negócios do grupo, como os desinvestimentos em empresas como a Rações Anhanguera e a área de adubos. Nos anos 1990, acompanhou a compra do controle da Elekeiroz e, no banco, a série de aquisições de bancos estaduais, além do BFB e do BankBoston e a fusão com o BBA. Como membro dos conselhos das empresas e da holding, Alfredo acompanhou a reestruturação da Itaúsa e a fusão do Itaú com o Unibanco em 2008, tendo participação decisiva na fusão da Duratex com a Satipel em 2009. É diretor vice-presidente executivo da Itaúsa desde maio de 2022, tendo sido diretor vice-presidente de fevereiro de 2018 a abril de 2022. Foi membro do Conselho de Administração da holding de agosto de 1995 a abril de 2017, exercendo o cargo de vice-presidente de maio de 2011 a maio de 2015 e, depois, presidente de maio de 2015 a abril de 2017. Alfredo é membro do Conselho de Administração da Duratex, hoje Dexco, desde 1996 e vice-presidente desde agosto de 2008. No Banco Itaú, depois Itaú Unibanco Holding, foi vice-presidente do Conselho de Administração de março de 2003 a abril de 2017. Foi presidente do Conselho de Administração da Itautec de abril de 2009 a janeiro de 2010 e vice-presidente de janeiro de 2010 a abril de 2017. Na Elekeiroz, tornou-se vice-presidente do Conselho de Administração em abril de 2004 e presidente de novembro de 2009 a abril de 2010. Segundo Alfredo, o núcleo dos sócios do Grupo Itaúsa sempre foi formado por pessoas sem agenda pessoal, com compromissos voltados para o negócio, tendo a ética como questão inegociável. Alfredo destaca também a capacidade do grupo em trabalhar com novos sócios, que começou com seu avô, Eudoro Villela, e Olavo Setubal, quando o fundador, Alfredo Egydio de Souza Aranha, pouco antes de morrer, pediu para que os dois trabalhassem juntos. “Eles seguiram o conselho do meu bisavô e são inspiração até hoje. Concordar em concordar foi o que fizemos com o Unibanco e a Satipel, dois negócios que demonstram nossa vocação para o associativismo”. Alfredo destaca que acolher bem os sócios e atuar de maneira ética é o que marca a trajetória de aquisições e fusões do Grupo, desde o Itaú de Minas até a sociedade nas atuais investidas.